domingo, 5 de abril de 2009

Morar no Morro do Querosene

Morro do Querosene ou Vila Pirajussara, Já conhecido por suas tradições em cultura brasileira, berço da cultura em São Paulo, agora com mais um projeto artístico nas ruas ou mais uma intervenção cultural, propostas de um grupo de artistas plásticos, desenhistas, grafiteiros, escultores, músicos e poetas que tem deixado suas assinaturas em várias fachadas das residências do bairro.

Para os moradores de lá “morar no morro é como está fora de São Paulo, ou morar em uma cidadezinha do interior”.

Quando referimos ao morro as pessoas reconhecem como a festa do Boi, que se tornou um patrimônio não só da comunidade mais de todo estado.

São as mais diversas manifestações ao longo do ano:

Em janeiro as ruas são abençoadas pelo cortejo da festa de reis, “o reisado”, são várias pessoas cantando e tocando caixas e iluminando as ruas com suas velas acessas.

Em Fevereiro tem carnaval com bloco nas ruas.

Abril Segundo ao calendário litúrgico cristão é a primeira festa do Boi “Nascimento”, segue a tradição do Maranhão que só se toca qualquer tambor após a quaresma.

Não esquecendo que no intervalo de um mês e outro tem São Benedito no mês de agosto e Cosme e Damião em setembro.

No meio do já pertinho das férias final de Junho acontece á segunda festa do ano “Batizado” e em outubro ou novembro o boi já se despede deste ano, com nome e couro novo.

Além de todas essas manifestações ainda podemos nos deliciar com os bares, com o projeto treme – terra, os moradores ilustres como o Nasi do ex – Ira, Dollinda artista plástico idealizador do projeto artístico de pintura das ruas, Dinho Nascimento, Tião Carvalho entre outros.

domingo, 29 de março de 2009

Planeta de Boieiros - Parte II

Tião carvalho

http://http://www.youtube.com/watch?v=5v2HSsoeU48

Tião Carvalho (Biografia)

Tião Carvalho
Cantor. Compositor. Dançarino. Ator. Pesquisador.

Nascido em Cururupu, no Maranhão, radicou-se em São Paulo em 1985. Começou a se interessar pela cultura popular ainda criança, influenciado pelo pai Feliciano "Pepe" e assistindo a manifestações populares maranhenses, como o Bumba-meu-Boi, Tambor de Criola, Tamborinho, Bambae, e outros. Foi influenciado também pela audição de artistas nordestinos, como João do Vale, Jackson do Pandeiro e Luis Gonzaga. Trabalhou como sorveteiro, office-boy e bancário. Professor convidado da Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo.
Começou a carreira artística no início da década de 1970, em sua cidade natal, trabalhando com o teatrólogo Aldo Leite, na montagem da peça "Saltimbancos". No mesmo período, atuou no grupo Laborarte. Participou, posteriormente, do grupo "Cazumbá", organizado por Américo Azevedo Neto. Fez parte também do grupo musical "Rabo de Vaca", que contava ainda com as participações de Zezé Alves, Josias Sobrinho, Beto Pereira, e Mauro Travincas. Em 1979, viajou para o Rio de Janeiro, convidado por Ilo Krugli, passando a fazer parte do elenco do Teatro Vento Forte, trabalhando como ator, dançarino e músico. No ano seguinte, foi para a cidade de São Paulo, onde trabalhou com inúmeros artistas, entre os quais, Klauss Viana, João do Vale, Sivuca, Hermeto Pascoal, Paulo Moura, Zeca Baleiro, Graziela Rodrigues, Ná Ozzetti e Cássia Eller.
Em seguida, realizou sua primeira tournê internacional, com apresentações nos Estados Unidos, Alemanha e Portugal. Em 1985, radicou-se em São Paulo, passando a residir no Morro do Querosene, onde realiza festas e oficinas mostrando a cultura maranhense, como o bumba-meu-boi e o tambor-de-crioula. Para isso, criou o grupo "Cupuaçu" e, com o auxílio de uma associação informal de moradores, realiza encontros de artes, e oficinas, aos sábados e domingos, naquela região. Em 1988, teve a música "Nós" gravada por Ná Ozetti, e posteriormente regravada por Cássia Eller. Em 1998, gravou com o grupo Mafuá o CD "Mafuá" lançado pelo CPC/ UMES do qual constam suas composições "Surubim", e "Nós".
Em 2000, chegou à semifinal do Festival da Música Brasileira, realizado pela Rede Globo, com a música "Quando dorme Alcântara". Nesse ano, foi coprodutor do CD "Toadas de Bumba-meu-boi", do Grupo Cupuaçu que contou com as seguintes composições de sua autoria: "Senhora Dona da casa", com Naná de Nazaré, "Reúne teu batalhão", com Naná de Nazaré e Cacau, e "Turma do morro". Também em 2000, foi agraciado com prêmio estímulo de dança com o espetáculo "Bloco do Baralho", com o grupo "Saia Rodada", do qual é diretor, realizando pesquisas de ritmos e danças regionais. Em 2001, apresentou show no Sesc Pinheiros, em São Paulo. Em 2002, lançou seu primeiro CD, intitulado "Quando dorme Alcântara", com treze faixas, entre as quais "Povo do Japão", "Princesa do Morro", e o samba, "Pantanal", de sua autoria. Estão presentes ainda as faixas "Passarinho", de João do Vale, "Dente de Ouro", de Josias Sobrinho, "Dalva", de Ronaldo Mota, "Até a Lua", de Ana Maria Carvalho, e "Cajapió", de Erivaldo Gomes. O disco contou com arranjos seus, do maestro maranhense Zé Américo Bastos, e do instrumentista pernambucano Zezinho Pitoco. A faixa "Quando dorme Alcântara" contou com as participações especiais de Naná Vasconcelos, Marcelo Mitshu, Décio Marques, Jordano Mochel, grupo "A Quatro Vozes", Zezé Reis e Graça Reis da Casa Fanti Ashanti. O disco foi lançado durante o I Festival Internacional de Música, ocorrido na cidade de São Luís. Nesse ano, apresentou-se nas festas de São João, em São Luís com uma banda integrada por músicos paulistas. Foi responsável pela elaboração do livro-CD "Bumba-Boi Maranhense em São Paulo", com as 19 toadas estudadas e interpretadas por ele e o Boi do Cupuaçu. Em 2004, seu CD "Quando dorme Alcântara" foi premiado no projeto "Rumos da música" do Itaú Cultural, e em seguida, foi escolhido pelo projeto Pixinguinha da Funarte para a realização de espetáculos em 10 estados brasileiros. Em 2005, apresentou-se com a caravana do Projeto Pixinguinha na França, tocando com sua banda no Espaço Brasil, em Paris, em comemoração do ano Brasil na França. Na ocasião, tocou diferentes ritmos brasileiros como sambas de roda, xotes, reggae, tambor de crioula, bumba - meu - boi, baiões, e carimbós.
(Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira)